Os mais atentos a este blog já repararam que quando se fala em programas de Rádio há dois autores/apresentadores que são referências absolutas por aqui: Luís Filipe de Barros e António Sérgio.
António Sérgio faleceu no passado dia 31 de Outubro e deixou para trás uma carreira de 41 anos essencialmente dedicada à divulgação e promoção de música nova e alternativa às correntes comerciais.
Fê-lo aos microfones da Rádio Renascença, Rádio Comercial e desde três de Dezembro de 2007 na Rádio Radar onde mantinha inalterável a capacidade de nos surpreender com as suas pérolas musicais, aquelas "soltas" tão bem escolhidas.
Para o autor deste blog foi de uma enorme influência no adquirir de uma cultura musical própria e o seu desaparecimento deixa um sentimento de imensa tristeza.
Uma certeza fica, nunca mais um microfone será honrado com uma presença tão marcante.
António Sérgio, r.i.p.
Foto de Rita Carmo
António Sérgio faleceu no passado dia 31 de Outubro e deixou para trás uma carreira de 41 anos essencialmente dedicada à divulgação e promoção de música nova e alternativa às correntes comerciais.
Fê-lo aos microfones da Rádio Renascença, Rádio Comercial e desde três de Dezembro de 2007 na Rádio Radar onde mantinha inalterável a capacidade de nos surpreender com as suas pérolas musicais, aquelas "soltas" tão bem escolhidas.
Para o autor deste blog foi de uma enorme influência no adquirir de uma cultura musical própria e o seu desaparecimento deixa um sentimento de imensa tristeza.
Uma certeza fica, nunca mais um microfone será honrado com uma presença tão marcante.
António Sérgio, r.i.p.
3 Comentários:
Com a partida do António Sérgio também nós perdemos algo.
O António Sérgio é insubstituível.
O Lança Chamas foi durante muitos anos a minha companhia do Sábado à tarde.
Até sempre António Sérgio.
António Sérgio deixou órfã as ondas da rádio.
Lembro-me das tardes chuvosas dos anos 80 a ouvir o som da frente com os surprendentes Echo & Bunnymen a tocar com os drummers of Burundi,a voz de mel dos Cocteuau twins, o poder do amor com os Sisters of Mercy, a frieza de Siouxie & Banshees ou os goticos Dead Can Dance foram sons que nunca mais esqueci e que de vez em quando escuto vindos do fim-de-tarde na cidade.
Recordo com mais saudade os Sábados á tarde. Tudo parava para ouvir o Lança-Chamas.A audição do programa era um ritual como que de reuniões secretas de uma seita, para ouvir os discos proibidos daquela "musica barulhenta" com guitarras de arame farpado que ninguém conhecia preparava-se a cassete e gravava-se voz e tudo.
Não havia mais nada, nem discos há venda, nem na rádio se passava Motorhead, Accept, Judas Priest, Blackfoot só mesmo o A. Sergio para abarcar tantos estilos de musica "alternativa".
Algures no ano de 84/85 o programa Lança-chamas foi suspenso na R.C. mas houve tamanha revolução nos liceus e abaixo-assinados para a RDP que tiveram de voltam com o programa no verão de 1985.
As tardes de Heavy Metal no RRV com o "Lança-Chamas ao vivo" eram espectaculares, lembro-me de ver o A. Sérgio na 1ª Sessão (em 1987?) com a sua gabardine preta e a Barba Ruiva.
E a sua editora dansa do som, no Bairro Azul,só eles tinham os the Cure e os Chameleons e mais tarde Joe Satriani e outros mais pesados.
Promoveu muitas bandas Portuguesase Heavy Metal mas não só...
Ainda nos anos 90 o António Sérgio continuava a descobrir grupos no Programa a Hora do Lobo ...mesmo depois de sair da Comercial nunca parou... até 1 de Novembro de 2009.
Uma das funções da rádio é espalhar magia: nós não temos cara, temos vozes, e isso ajuda a incendiar o imaginário dos ouvintes.
"E esta rádio de hoje, coitada, não incendeia absolutamente nada. Põe o ouvinte a um canto e diz-lhe: ouve isto, que não te maça, não te assusta, não te provoca, não te faz comprar discos."
António Sérgio, O Mestre (1950-2009)
António Sérgio R.I.P.
Tu partiste, mas viverás para sempre na música que ensinaste uma geração a ouvir.
Sei que estás junto dos grandes a abanar o carolo.
Stay Heavy my friend !!
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