domingo, maio 20, 2007

Gary Moore: Recordação de 1987

Este espectáculo aconteceu no dia 12 de Maio de 1987, já passaram 20 anos mas persiste na minha memória como um excelente concerto.
Mais uma vez em Cascais, começou algo acidentado, foi adiado um dia por problemas com um gerador se bem me recordo!
Mas o que interessou mesmo foi Gary Moore que acompanhado de excelentes músicos como Neil Carter (UFO, Wild Horses), Eric Singer (Kiss, Black Sabbath, Alice Cooper) e Bob Daisley (Ozzy Osbourne, Rainbow, Uriah Heep) teve uma óptima prestação. Este concerto integrava-se na tournée de promoção do álbum "Wild Frontier" que na altura rodava bastante nas rádios sobretudo com temas como Over The Hills And Far Away, Wild Frontier, Friday on My Mind, etc.
Após aturada busca no sótão consegui entretanto encontrar um artigo relativo a este espectáculo. Publicado no Jornal Blitz de 19 de Maio de 1987 e com autoria de Pedro Cardoso que habitualmente assinava um espaço de nome Blitz Metálico neste semanário musical.

4 Comentários:

Nonio disse...

Pois foi mesmo ... quando finalmente se concretizou o espectáculo (video o meu outro comentário mais acima) depois de ter passado dum dia para o outro seguinte, foi um gig espectacular. As vozes do Gary Moore e do Neil Carter complementavam-se de tal forma que, em certos momentos nem era possível distinguir qual dos dois estava a cantar. De facto o timbre era muito idêntico. O Eric Singer ficou a partir desse dia um dos meus bateristas preferidos ! Que MÁQUINA de bater, absolutamente estrondoso e adequado. Tinha sido obrigatório arranjar para aquela tour um baterista da "qualidade" dele já que o álbum "Wild Frontier" estava carregadinho de baterias programadas e de execução (humana) difícil ! Mais tarde é ele quem grava o melhor álbum de estúdio dos Cult, "Sonic Temple", mais um exemplo da sua qualidade musical.
Quanto ao Gary per se, recordo o pormenor de ter tocado todo o tempo com uma Charvel vermelha tipo Stratocaster mas só cum um Humbucker na ponte e Floyd Rose, à excepção do tema "The Loner" que foi tocado com outra idêntica mas toda branca. SOAVA nas horas e a nível de técnica nunca esteve em melhor momento em toda a sua carreira. Como ele mesmo ainda no mês passado disse à revista "Guitarist" ... tocar hoje o solo de "Over the hills and far away" não é coisa que lhe saia com grande naturalidade ... ou facilidade.
Cumprimentos
Pedro "Nónio" Nunes

AtticRock disse...

Olá Pedro
Obrigado por partilhares aqui a tua recordação deste concerto de excelente memória.
Eric é realmente facto um grande baterista e depois de ler no Rock Detector fiquei a saber que de facto esteve envolvido nas sessões de estúdio de Sonic Temple mas acabou por sair devido a conflitos de datas com a sua banda de então, os Badlands. Já agora dos Cult prefiro o álbum Love apesar de não ser habitualmente considerado um disco de Hard Rock.

Abraços e manda sempre

Nonio disse...

É pois. Claro que o "Love" é um disco de rock, embora possa ser facilmente catalogado com outras etiquetas. Aliás, é um álbum do caraças mesmo. Pena é que a maioria do pessoal só ligue aos singles quando lá há faixas tão poderosas como as outras que não o são. Adoro o "Big Neon Glitter", por ex.º.
Quanto ao resto mantenho o que disse. Ainda ontem por descargo de consciência estive a ver o vídeo oficial da mesma tour de ´87 gravado ao vivo em Estocolmo e o espectáculo é em tudo idêntido ao de Cascais. Grandes músicos, alta coesão de banda. O Neil Carter foi uma ENORME mais-valia ali pois aqui e ali permitia ao Gary debruçar-se mais sobre o trabalho de guitarra e deixar as vocalizações para o Neil. Nada de estraordinário para o Carter pois é um género de trabalho que já fazia durante a sua passagem nos UFO, onde além dos teclados também assegurou a guitarra-ritmo aqui e ali.
Quanto ao Bob Daisley é o único que ali tanto faz estar lá aquele como outro qualquer ... para ser rigoroso nem aprecio especialmente a sua aproximação no baixo.
Por fim, a "outra" guitarra do Gary usada nessa tour para tocar o "The Loner" é basicamente igual á vermelha com a diferença de ter a escala (frente do braço) em madeira clara, ao contrário da vermelha.
Cumprimentos e até breve.
Pedro "Nónio" Nunes

AtticRock disse...

O Love não é um disco de puro Hard Rock como o Electric ou o Sonic Temple, aliàs os Cult eram mais conotados com o movimento Gótico/Alternativo do que com o Hard/Heavy. Com o excelente Electric isto mudou claro...
Também tenho o concerto de Gary Moore de que falas, em formato VHS, o único senão se bem me lembro é a sua curta duração (cerca de uma hora apenas), já não o vejo há muito tempo...
O Neil Carter estava lá muito bem e foi com Gary Moore que acabou a sua carreira no Rock. Depois dedicou-se ao ensino de música e com bastante sucesso como podes constatar no seu site:
http://www.neilcarter.org/index2.htm

Abraços